FAMÍLIA MARIA DE ARAUJO

                      


                                               Antecedentes

             Até 1700, apenas o litoral da capitania de Pernambuco, que também abrangia o atual estado de Alagoas, era realmente ocupado pelos portugueses que para cá vieram com objetivo único, de derrubar a mata, cultivar cana-de-açúcar e transformá-la em seus derivados: açúcar, rapadura e seu famoso mel de engenho, em torno dos quais girava a economia de Portugal, desde o final de 1500 –1600 e intensificada em 1700 no reinado de D. José Primeiro esposo da rainha D.Maria Primeira, pais de D.João VI. O resto do litoral, conhecido como costa do pau-brasil, faixa do litoral brasileiro que ia do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Norte. Só houve uma efetiva fixação em Salvador e Rio de Janeiro, pois os índios desse litoral eram os mais adiantados e os mais pacíficos do Brasil, pois a sua alimentação era baseada em frutos do mar como: peixes, caranguejo sirí, sururu etc. e apenas era complementada com frutas, coco e apenas um pouco de caça. Portanto, não tinham necessidade de extensos territórios, nem de serem agressivos. Apenas se defendiam quando atacados.          Mas ao passo que a mata Atlântica ia sendo derrubada para o aproveitamento dos troncos de pau-brasil e o plantio da cana-de-açúcar, os índios iam se afastando para o interior já ocupado por outros povos indígenas. E daí começavam os conflitos indígenas os transformando assim em guerreiros. Finalmente a cana-de-açúcar tomou conta de toda planície litorânea e como faltasse mão de obra para tantas tarefas, o rei de Portugal, já havia decretado a escravidão do índio no final de 1500. Escravidão essa, que foi prejudicada pelos padres espanhóis, ou seja, os jesuítas, que se estabeleceram aqui, de 1580 até 1640, quando Portugal e todas as suas colônias,, incluindo o Brasil passaram para o domínio espanhol.
                   Obs: Os padres Jesuítas, vieram para o Brasil com objetivo de defender os índios da escravidão, ensinar-lhes a religião católica e transformá-los em pessoas civilizadas.
Daí em diante, todo o trabalho do índio, foi transferido para os negros africanos, que eram trazidos em condição de escravo, das colônias da África, como: Guiné, Angola e Moçambique,para o Brasil. Porém, por ter sido muito pouca, a ação dos Jesuítas em Pernambuco, os portugueses foram em busca dos índios que haviam fugido para o interior, juntamente com alguns portugueses amigos, casados com índias. Portanto, juntos viviam em harmonia.
O problema mais difícil, era dos índios do interior, que se viam obrigados a guerrear contra aqueles que chegavam do litoral e contra os portugueses que os queriam para vender como escravos nos engenhos. Nessa época, os principais povos indígenas de Pernambuco, eram: os de Santana do Ipanema, hoje estado de Alagoas, Bom Conselho, Águas-Belas, Jupí, Pindorama, Garanhuns, Santa Rita, Paulo Afonso e ao longo de todo o rio São Francisco, e onde houvesse água de beber. Não estamos falando em tribos ou famílias de índios e sim em verdadeiros povos indígenas, já convivendo com elemento branco. Ou seja, os portugueses.


                   A  FAMÍLIA MARIA DE ARAÚJO

                   Um português chamado Joaquim Maria de Araújo (Bisavó de Luis Pedro Panema), que vivia nas terras indígenas de Santana do Ipanema, sertão de Alagoas, casou-se com Íaci (Jaci) uma índia pega na mata à dente de cachorro aos treze anos de idade. Desse casamento nasceu João Maria de Araújo (avô de Luis Pedro Panema ) que se casou com Rosa Maria de Araújo ( avó de Luis Pedro Panema ). Desse casamento nasceu Quitéria Maria de Araújo (mãe de Luis Pedro Panema ), avô portanto, do professor Durval Ferreira, todos aqueles povos indígenas já citados, juntavam-se costumeiramente tanto para as festividades, como para guerras travadas entre os próprios índios, ou contra os portugueses escravizadores, certa ocasião os índios de Águas-Belas declararam guerra aos índios de Santana do Ipanema, povo ao qual pertencia o índio Agustinho Pedro da Silva, (pai de Luis Panema ), e bisavó do professor Durval. O qual já contando com alto grau de civilização resolveu não mais participar daquela guerra, que para ele já não tinha mais sentido. portanto resolveu fugir. Embrenhou-se nas caatingas do sertão e chegando a casa dos seus já conhecidos portugueses, João Maria de Araújo e sua esposa Rosa Maria – (avós de Luis Pedro Panema), pediu-lhes pouso e foi ali permanecendo. Nessa permanência passou a namorar Quitéria Maria de Araújo, filha do casal com a qual veio mais tarde a casar-se. Desse casamento nasceram os seguintes filhos, sendo que cada um formou sua própria família separadamente e até com sobrenomes diferentes.

 Os filhos de Augustinho Pedro da Silva e Quitéria Maria de Araújo são:

                   1 Josefa Maria Pastor dos Santos. ( Zéfa Pastor)
                     2 Miguel Maria de Araújo.
                 3 Águida Maria de Araújo.
                4 Luis Maria de Araújo -  (Luis Pedro Panema).



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